O KISS é uma das bandas de rock mais icônicas e influentes de todos os tempos. Mas, além do sucesso nos palcos, existem muitas curiosidades e histórias desconhecidas até mesmo pelos fãs mais dedicados. Se você é apaixonado por KISS ou apenas um curioso do mundo do rock, este artigo revela segredos inéditos sobre a formação da banda, seus primeiros passos, conflitos internos e detalhes surpreendentes que ajudaram a moldar a trajetória do grupo.
Os Primeiros Desafios na Formação do KISS
Antes da criação do KISS, Gene Simmons e Paul Stanley faziam parte da banda Wicked Lester. A relação entre os dois não era das melhores – Simmons acreditava ser o melhor compositor, enquanto Stanley o considerava arrogante. Essa rivalidade quase impediu a formação do KISS. No entanto, a paixão pelo rock e o desejo de criar uma banda única falaram mais alto. Após assistirem a uma apresentação do New York Dolls, decidiram abandonar o Wicked Lester e dar início ao KISS, inspirados pelo visual glam e pelas performances energéticas.
A separação do Wicked Lester não foi tranquila. A gravadora estava prestes a lançar um álbum quando Simmons e Stanley abandonaram o projeto. Para evitar que a gravadora lucrasse com o trabalho antigo, a dupla comprou as fitas originais, impedindo o lançamento. Esse movimento estratégico mostrou desde cedo a determinação de Simmons e Stanley em controlar a imagem e o legado do KISS.
A Chegada de Peter Criss: Visual Primeiro, Talento Depois
Peter Criss ingressou no KISS após Simmons ver um anúncio em um jornal que dizia: “Baterista disposto a fazer de tudo para ter sucesso”. Nos primeiros ensaios, o estilo de Criss, fortemente influenciado pelo jazz, destoava do som desejado para a banda. Mesmo assim, seu visual ousado e excêntrico foi suficiente para garantir sua vaga. Curiosamente, Criss foi contratado antes mesmo de tocar.
Durante as primeiras apresentações, Criss ainda se adaptava ao estilo mais pesado da banda. Simmons e Stanley quase desistiram após o primeiro ensaio, mas a química entre eles acabou falando mais alto. Peter Criss, conhecido por sua presença de palco, ajudou a moldar a imagem teatral do KISS.
Ace Frehley e Sua Entrada Inusitada no KISS
Ace Frehley deixou sua marca desde o primeiro teste ao aparecer com sapatos de cores diferentes. Enquanto outros candidatos foram descartados por não atenderem à estética do KISS, Frehley chamou atenção com seu comportamento descontraído e solos criativos. Ele trouxe uma sonoridade autêntica, consolidando-se rapidamente como o guitarrista principal.
O visual excêntrico de Frehley foi decisivo. Simmons e Stanley estavam em busca de alguém que chamasse atenção tanto visual quanto musicalmente. Frehley não apenas se encaixou, mas também trouxe uma abordagem única para a guitarra, influenciando diretamente o som da banda.
O Mito dos Secos & Molhados e a Maquiagem do KISS
Há um mito de que o KISS teria copiado o visual dos Secos & Molhados, mas a verdade é que o KISS já usava maquiagem no início de 1973, antes do lançamento do álbum do grupo brasileiro. A inspiração veio de filmes de terror, quadrinhos e ícones do glam rock como Alice Cooper.
Simmons, fã declarado de histórias em quadrinhos, utilizou elementos de super-heróis para criar sua persona no palco. A maquiagem, longe de ser uma simples escolha estética, fazia parte da identidade de cada integrante. Essa decisão ajudou a diferenciar o KISS de outras bandas da época.
O Fracasso do Primeiro Álbum do KISS
O álbum de estreia, “KISS”, gravado em seis dias e lançado em 1974, foi um fracasso comercial inicial, vendendo apenas 60 mil cópias. A capa, inspirada em “With The Beatles”, não ajudou a impulsionar as vendas. No entanto, a banda persistiu, realizando turnês incessantes em pequenas casas de show e dormindo na van para economizar.
A persistência do KISS foi recompensada anos depois, quando o álbum passou a ser reconhecido como um clássico do hard rock. Faixas como “Strutter” e “Black Diamond” se tornaram indispensáveis nos shows da banda.
Como “Rock and Roll All Nite” Salvou o KISS
A música “Rock and Roll All Nite” não foi um sucesso imediato. Foi a versão ao vivo, lançada no álbum “Alive!”, que conquistou o público, capturando a essência explosiva das apresentações ao vivo da banda. Esse single foi um divisor de águas na carreira do KISS.
Sem o sucesso de “Rock and Roll All Nite”, o futuro do KISS era incerto. A banda enfrentava dificuldades financeiras, e a gravadora Casablanca estava à beira da falência. O impacto da versão ao vivo garantiu a sobrevivência tanto da banda quanto da gravadora.
“Alive!” Não é 100% Ao Vivo
Embora seja considerado um dos melhores álbuns ao vivo do rock, “Alive!” foi fortemente regravado em estúdio. Apenas a bateria de Peter Criss e alguns solos de Ace Frehley foram mantidos das gravações originais. O produtor Eddie Kramer optou por refazer grande parte dos vocais e instrumentos para melhorar a qualidade do som.
A decisão de regravar o álbum foi polêmica, mas crucial. O KISS queria um álbum que soasse tão potente quanto suas apresentações ao vivo, mesmo que isso significasse sacrificar a autenticidade bruta do show.
Gene Simmons e Paul Stanley Protegeram o Legado do KISS
Gene Simmons e Paul Stanley compraram os direitos do álbum não lançado do Wicked Lester para evitar que a gravadora capitalizasse sobre ele após o sucesso do KISS. O material foi engavetado, garantindo que o foco do público permanecesse no novo trabalho da banda.
Esse movimento reforçou o compromisso de Simmons e Stanley com a longevidade da banda. O KISS cresceu não apenas como músicos, mas como estrategistas de negócios.
Os Conflitos Internos e as Saídas Temporárias
Peter Criss frequentemente ameaçava deixar a banda. Durante as gravações de “Hotter Than Hell”, ele insistiu em cantar “Mainline” e só conseguiu após intensas discussões. Conflitos como esse marcaram a trajetória do KISS, alimentando a fama de que o grupo era um verdadeiro barril de pólvora nos bastidores.
A relação conturbada entre Criss e Frehley com Simmons e Stanley moldou o dinamismo da banda. Apesar das brigas, a química nos palcos continuava inabalável.
A Edição de Imagem em “Hotter Than Hell”
Na capa do álbum “Hotter Than Hell”, Ace Frehley aparece com o rosto maquiado por inteiro, mas, na realidade, ele havia sofrido um acidente que impossibilitou a maquiagem completa. A capa foi editada para esconder esse detalhe.
A edição foi tão bem feita que poucos fãs perceberam a diferença, consolidando o profissionalismo da equipe de produção do KISS.
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